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A cidade de Ubatuba é a segunda com maior população indígena do Vale do Paraíba e Litoral Norte, segundo dados do Censo 2022, divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento mostra que a população indígena cresceu 36,3% na região em comparação ao último censo, realizado em 2010.
De acordo com o IBGE, 3.009 pessoas se declararam indígenas nas 39 cidades do Vale do Paraíba. No censo anterior, eram 2.208 moradores, um aumento de 801 pessoas em 12 anos.
Entre os municípios, São José dos Campos segue concentrando o maior número de indígenas, com 629 moradores, seguido por Ubatuba, que ocupa o segundo lugar no ranking regional. O dado reforça a forte presença e o papel histórico das comunidades indígenas no litoral norte paulista, especialmente em áreas próximas a unidades de conservação e aldeias tradicionais.
A ampliação da autodeclaração indígena no Censo 2022 também reflete um movimento de reconhecimento cultural e fortalecimento da identidade desses povos, que têm desempenhado papel importante na preservação ambiental, no turismo sustentável e na valorização da diversidade cultural da região.
O IBGE destaca que os dados ajudam a orientar políticas públicas voltadas à saúde, educação e proteção territorial dos povos indígenas, aspectos especialmente relevantes para cidades como Ubatuba, que abriga comunidades em áreas de Mata Atlântica e zonas costeiras sensíveis.
Confira:
Em São José dos Campos, o número de indígenas passou de 473 em 2010 para 629 em 2022.
Em Ubatuba, o total subiu de 333 para 546.
São Sebastião registrou crescimento de 313 para 457.
Em Caraguatatuba, o número aumentou de 99 para 265.
Taubaté teve leve redução, passando de 257 para 242.
Em Jacareí, o total cresceu de 139 para 177.
Pindamonhangaba apresentou queda, de 143 para 116.
Em Ilhabela, o número passou de 69 para 112.
Lorena registrou aumento de 47 para 62.
Tremembé passou de 30 para 57.
Guaratinguetá teve leve redução, de 64 para 56.
Em Caçapava, o total subiu de 34 para 39.
Aparecida registrou crescimento de 16 para 38.
Cruzeiro passou de 22 para 35.
Campos do Jordão também teve alta, de 15 para 35.
Por fim, em Igaratá, o número de indígenas passou de 1 para 21.