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Em apenas três semanas, 26 mulheres foram atendidas pelo Instituto Todas por Uma para acolhimento, orientação e apoio diante de situações de violência. Os dados constam no boletim mais recente da entidade, que atua na defesa dos direitos das mulheres em Ubatuba e região. O período analisado vai de 11 de julho a 2 de agosto.
Das mulheres atendidas, 70% são mães, muitas vezes responsáveis não apenas por si, mas também pela segurança e bem-estar dos filhos. A faixa etária das vítimas varia entre 14 e 55 anos, sendo mais comum entre mulheres de 25 a 43 anos.
O levantamento mostra que 40% das acolhidas registraram boletim de ocorrência, enquanto as demais ainda enfrentam medo, dependência ou outras barreiras que dificultam a denúncia formal.
Os atendimentos se concentram em Ubatuba (76%), mas também alcançam cidades vizinhas como Caraguatatuba, Taubaté, Catuçaba, Vargem Grande e até regiões de Minas Gerais, o que evidencia a carência de redes de apoio em outras localidades.
“Enquanto muitos acreditam que está tudo sob controle, nós vemos a realidade de perto. Ela chega com urgência, com medo, com marcas no corpo e na alma”, afirma um trecho do boletim do Instituto.
O documento também destaca a importância de uma rede de apoio para as mulheres e filhos, especialmente em casos em que a vítima está isolada ou sem recursos imediatos.
A instituição ressalta que a violência contra a mulher continua sendo uma ferida aberta, muitas vezes invisível para a sociedade, mas dolorosamente real para quem a vive todos os dias. O boletim é um alerta e um chamado à ação conjunta entre sociedade civil, poder público e organizações sociais.