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A banda Ostra Coisa, de Ubatuba (SP), lançou o documentário “O Peso da Culpa”, um registro intimista dos bastidores de uma imersão musical, realizada em novembro de 2024, em um sítio na cidade de Mairiporã (SP). O curta-metragem, com aproximadamente 15 minutos de duração, foi editado por Éder Fausto, videomaker oficial do grupo, e marca o início da fase de criação do próximo álbum da banda, que levará o mesmo nome.
Gravado durante quatro dias de isolamento criativo, o filme acompanha os músicos em um processo coletivo de composição e gravação de faixas inéditas. Com os próprios equipamentos, os integrantes montaram uma estrutura completa de estúdio no local, cuidando desde a sonoridade até a iluminação e ambientação do espaço, elementos que acabaram se tornando parte da estética visual e sensorial do documentário.
Mais do que uma experiência de produção musical, a imersão serviu para fortalecer os laços entre os membros da banda e renovar a conexão artística. Longe das distrações do cotidiano, os músicos mergulharam em um ambiente de liberdade criativa, resgatando o prazer genuíno de tocar juntos. Entre madrugadas de improvisos, conversas e experimentações de timbres, surgiram três temas principais, que se transformaram nas primeiras composições do novo disco.
As gravações exibidas no documentário foram registradas ao vivo, sem edição ou pós-produção, preservando a espontaneidade e a energia do momento criativo. “Queríamos capturar o instante exato em que as ideias nascem, sem filtros, sem correções, apenas a música acontecendo ali, de forma crua”, explica Marcus Goulart, guitarrista e produtor do grupo.
Para Alexandre Sofiatti, guitarrista e vocalista, o filme representa “um mergulho emocional na essência da criação musical”. Segundo ele, o projeto é uma forma de traduzir o que acontece quando artistas se afastam do mundo para criar algo verdadeiro e humano.
“O Peso da Culpa” é a primeira parte de uma série dividida em duas etapas. A segunda, que mostrará a gravação das faixas em estúdio, está em produção e será lançada em 2026, com o novo álbum.
Com uma proposta autêntica e totalmente orgânica, o documentário convida o público a acompanhar de perto o nascimento de um novo ciclo sonoro da Ostra Coisa, em contraste com as produções excessivamente digitais, e até geradas por inteligência artificial.