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Um caso de suposta negligência médica na Santa Casa de Ubatuba teria deixado um bebê de dois meses em estado grave na UTI pediátrica. A mãe da criança relatou à reportagem um atendimento considerado desumano e inadequado, que, segundo ela, agravou o quadro de saúde do filho.
O bebê nasceu prematuro, com 31 semanas, e passou 61 dias na UTI neonatal. Como sequela da prematuridade, apresenta broncodisplasia grave, uma doença pulmonar que exige atenção constante à respiração.
Segundo relato da mãe, no dia 13 de outubro, percebeu que a respiração do filho estava mais cansada do que o normal e buscou atendimento na UBS do Perequê-Açú. Sem oxímetro pediátrico no local, foi orientada a procurar a Santa Casa.
Ao chegar ao hospital, explicou todo o histórico médico do filho e mostrou os laudos da UTI neonatal. A médica de plantão ouviu a respiração do bebê, reconheceu que estava cansada, mas atribuiu o quadro às cólicas e recomendou apenas a continuidade da medicação que o bebê já recebia. A mãe foi orientada a não levar o filho ao hospital com frequência devido ao risco de exposição a vírus. “Então ela falou somente para continuar com ele e me pediu para não ficar levando ele ‘à toa’ até a Santa Casa por conta dele ser muito pequeno e expor ele ao vírus do ambiente”, disse.
Após o plantão, a família retornou à Santa Casa e, segundo relato, o atendimento continuou insuficiente. A criança foi monitorada, teve ajustes na medicação e, em um momento, uma médica examinou o bebê sem higienizar as mãos ou usar luvas. Procedimentos básicos, como aspiração nasal e sondagem, foram negados. Exames como raio X e de sangue só foram solicitados horas depois, quando o quadro já se agravava, revelando alterações nos pulmões.
Diante da demora, a família decidiu transferir o bebê para outro hospital, onde chegou já em estado grave, necessitando de intubação devido à pneumonia. A mãe classificou o atendimento da Santa Casa como “desumano” e afirmou que todas as providências legais estão sendo tomadas. Ela também alerta outros pais sobre a necessidade de vigilância ao levar filhos a hospitais.
A Rádio Costa Azul entrou em contato com a Prefeitura de Ubatuba e a Santa Casa sobre o caso e, até o fechamento da matéria, não obteve retorno. O bebê continua em tratamento intensivo.