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Um reencontro emocionante acaba de entrar para a história da conservação marinha no Brasil: uma tartaruga-verde (Chelonia mydas), marcada ainda jovem em Ubatuba (SP), foi reencontrada 24 anos depois, já adulta, desovando na Praia da Quixabinha, em Fernando de Noronha (PE). É a primeira vez que a Fundação Projeto Tamar registra uma tartaruga marcada em área de alimentação sendo identificada, tantos anos depois, em uma área de reprodução.
O animal foi marcado em janeiro de 2001, após ser capturado acidentalmente por pescadores da Praia do Camburi, em Ubatuba. Na época, pesava 13 kg e media 49 cm de carapaça. Recebeu duas marcas metálicas e foi devolvido ao mar. Agora, foi reencontrado com 103 cm, o dobro do tamanho, colocando ovos no arquipélago de Noronha.
O feito reforça a importância do trabalho de monitoramento realizado em Ubatuba, onde o Tamar atua desde 1991. Com apoio dos pescadores locais, mais de 12 mil tartarugas já foram marcadas e devolvidas ao mar. O reencontro também comprova a durabilidade das marcas e a eficiência da metodologia em pesquisas de longo prazo.
Estudos apontam que Ubatuba abriga um “estoque misto” de tartarugas verdes juvenis, vindas de diferentes regiões do Atlântico. A descoberta conecta Ubatuba, Fernando de Noronha e outras áreas costeiras brasileiras pelas rotas migratórias dessa espécie, que pode levar mais de 30 anos para atingir a maturidade.