Preencha os campos abaixo para submeter seu pedido de música:


Ubatuba aderiu neste domingo (7) ao movimento nacional “Levante Mulheres Vivas”, que levou milhares de pessoas às ruas em todo o país, para protestar contra o avanço dos casos de feminicídio e outras formas de violência contra as mulheres. Grupos de manifestantes exibiram faixas e cartazes com frases como “Mulheres Vivas” e “Parem de nos matar”.
A concentração aconteceu na pista de skate da região central. De lá, os participantes seguiram pela rua Guaicurus até a Praça da Baleia e, na ponte, houve uma breve parada. O grupo, que contou com pessoas de projetos sociais, militantes e as vereadoras Jaque Dutra e Jocely Ramos, percorreu a rua Guarani e retornou ao ponto inicial, encerrando o ato com um apelo coletivo por políticas públicas mais eficazes e redes de proteção fortalecidas.
O movimento ocorreu simultaneamente em ao menos 20 estados e no Distrito Federal. Segundo a organização, a mobilização foi convocada após uma série de casos de feminicídio que ganhou repercussão nacional, envolvendo crimes em Brasília, São Paulo e Santa Catarina. Somente em 2024, o Brasil registrou 1.492 feminicídios.
Em Ubatuba, no primeiro semestre de 2025, o CREAS atendeu 92 mulheres vítimas de violência doméstica, sendo 39 delas em acompanhamento contínuo. Dados da Saúde referentes a 2024 registram 491 casos de violência contra mulheres no município, dos quais 91 seguem em investigação. As notificações compulsórias têm aumentado, permitindo aprimorar políticas de enfrentamento e acolhimento.
Segundo a última divulgação feita pela prefeitura, o Disque 180 registrou crescimento de 36% nas denúncias no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo com esse aumento, uma parcela significativa das vítimas segue silenciada: 27% das mulheres brasileiras deixam de denunciar por medo, e 61% daquelas agredidas nos últimos 12 meses não notificaram a polícia.