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A World Surf League (WSL) protocolou na Justiça de Saquarema (RJ) um pedido formal de explicações contra o surfista Pedro Scooby, após declarações em que ele acusa a organização de racismo e manipulação de resultados na etapa do Challenger Series realizada em outubro, no litoral fluminense. As falas dizem respeito à eliminação do surfista Weslley Dantas, de Ubatuba, na competição.
A medida judicial foi tomada após a repercussão de áudios e vídeos divulgados por Scooby nas redes sociais, nos quais ele afirma que Dantas teria sido prejudicado pelos juízes por ser “preto, brasileiro e sem patrocínio”. Em outro trecho, o ex-atleta coloca em dúvida a imparcialidade do julgamento, afirmando que os juízes “escolhem quem querem que passe” nas baterias.
No pedido apresentado à Justiça, a WSL nega as acusações e classifica as declarações como falsas e potencialmente difamatórias. A entidade solicita que Scooby esclareça oficialmente se mantém as afirmações, apresente eventuais provas e explique o teor das acusações feitas publicamente. O procedimento é conhecido como interpelação judicial e pode ser um passo inicial para uma ação por danos morais, caso não haja retratação ou resposta satisfatória.
A polêmica teve início durante a bateria em que Weslley Dantas foi eliminado pelo neozelandês George Pittar. Scooby afirmou que as ondas surfadas pelos dois atletas receberam notas semelhantes, apesar de, segundo ele, Dantas ter apresentado desempenho técnico superior. O ex-surfista chegou a filmar as ondas e apontar diferenças nos movimentos executados.
Com o resultado, Weslley Dantas terminou a bateria em terceiro lugar, com 10,80 pontos, enquanto Pittar avançou com 12,17. À época, as declarações geraram forte repercussão nas redes sociais e reacenderam debates sobre critérios de julgamento, transparência e racismo no surfe profissional.
Até o momento, Pedro Scooby não se manifestou publicamente sobre o pedido de explicações protocolado pela WSL.